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2009. Primeiro segundo trabalho... fato, agora que nos reconheceremos em pesquisa e proposta... filhos do sapato sujo e dos albergues, porém em movimento. Trecho novo de estrada. Afinal, a escolha por habitar o trecho inviabiliza estacionamentos.
Agora a escolha por um espaço em teoria mais móvel, afinal, um espaço público e não uma instituição. A princípio soou-nos mais fácil, mas diante dele, do Largo de Santa Cecília, em muito reverberou-nos o desamparo...
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Afinal aquele espaço... aquele Largo...
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Percebemos que não se trata exatamente e apenas de rasgar o cotidiano do mundo exterior. Mas do mundo interior. De nós mesmos. Choque. Choque diante de nós... hiperbolizados em nosso tamanho a princípio pequeno, nos tornamos gigantes em angústias e em necessidades trágicas porque pulsantes, trágicas porque latentes, trágicas por que "indisviáveis" e "inabandonáveis". A presença de nós mesmos. A plenitude de olhar o limite como um convite a nós mesmos de provar-nos enquanto guerreiros de nós mesmos... e não mais permitir a lamentação e a visão do mundo exterior como mal e como algo que nos impossibilita - quebra quebra nos padrões de ressentimento - mas, sim, a visão de um mundo exterior como algo que nos alimenta e nos impele à uma força de presença cada vez maior.
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Não é simples ou fácil. Porque é difícil não estacionar... a estrada não tem conforto. E a potência do movimento apavora... Porque exige tabém o não reconhecimento do mundo exterior. E exige andar com a sombra exposta ao lado.

E nós jovens, começando rumos, corremos o risco de quebrar nossa escolha de jogar junto do tanto que se escancararam as intimidades... pequenas necessidades de um e de outro...a impossibilidade de sermos os mesmos... Crise.

Afinal... "Contos de Lua no Chão", foi assim que nomeamos o projeto... em busca de um regime lunar no lugar de um regime solar. Como poderíamos esperar facilidade? Pois que a opção por uma luz nublada, no qual não se pode definir os fatos e verdades absolutas, exige um novo corpo, uma nova sensibilidade, um renascimento, um olhar do mundo com uma visão uterina...

E agora, nos reencontrando em nossas diferenças e querendo afirmar e alimentar as nossas diferênças, um agindo para fomentar a potência do outro, começamos de fato a nascer esse grupo, entendendo como irmanar-mos também no desafio e na bela impossibilidade de sermos iguais... pois o que nos une, afinal, é o desejo de rasgarmos a nós mesmos e de encontrar-nos diante de um novo solo... um solo possível, pois esse outro novo corpo, já encontrará no mundo uma nova reverberação... crepuscular.
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Abrindo espaço para o fluxo e saída das gentes que desegem aproximar-se ou afastar-se dessa exposição de nós, não apenas ao mundo exterior, mas a nós mesmos.
A crise afinal, parceira e amante, não inimiga, nos arremessa à um intenso mundo de escuta, intensidade e afeto... o não se convertendo em um grande sim e a lua despontando no céu permitindo-nos ver o cada passo... sem que se possa, sem que se necessite ver para onde nos levará esse caminhar.

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