sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Romaria de anti-heróis




E eis que cria-se um corpo pra peça. Os três contos de Mia Couto se transformaram na trajetória patética de figuras em desajuste com a realidade. Um ciclo ao redor da igreja. Do bar, ao parque de crianças... Aquele pequeno Largo que abriga pequenas tragédias. E na peça, essas pequenas tragédias expostas em ciclos. Busca progressiva de vida. Os últimos meses de trabalho nos trouxeram o vendedor de pássaros... vendedor de sonhos... expulsado por ser estranho, avesso ao real... Trabalhando com André Carreira, conseguimos melhor enxergar aquele espaço, para que, junto com ele, conseguíssemos compor um ciclo... uma condução na qual aquele lugar fizesse parte de tudo, na qual conseguíssemos por a lua no chão.

Nenhum comentário: