segunda-feira, 26 de maio de 2008

Sapato Sujo na Soleira da Porta


Esse foi o nome com o qual foi batizado o trabalho do grupo desenvolvido no SAMIM. O título veio de Mia Couto, escritor moçambicano, que navegou o grupo nos universos poéticos do estrangeiro, sendo as personagens desenvolvidas especialmente através de alguns de seus contos. Sapato Sujo na Soleira da porta foi título encontrado no texto Os Sete Sapatos Sujos, texto desenvolvido por ele para a abertura do ano letivo de uma universidade:

À porta da modernidade precisamos nos descalçar. (...) sapatos sujos que necessitamos deixar na soleira da porta dos tempos novos.
(...) mais do que uma geração tecnicamente capaz, nós necessitamos de uma geração capaz de questionar a técnica. (...) Mais do que gente preparada para dar respostas, necessitamos de capacidade para fazer perguntas. (...) Interessa-nos um passado que não esteja carregado de preconceitos, interessa-nos um futuro que não nos venha desenhado como uma receita financeira.
(...) antes vale andar descalço do que tropeçar com os sapatos dos outros.


O espetáculo que nasceu em Campinas, já começa a viajar à outros lares, nos quais, perde sua face e cria uma nova: sendo seu princípio a relação, é impossível que ele se mantenha o mesmo.

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