segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Encontros abertos com Luiz Fuganti

O Grupo do Trecho gostaria de convidá-los para o segundo encontro com o filósofo Luiz Fuganti na próxima quarta-feira dia 4 de março as 9horas.
Os encontros fazem parte do nosso novo projeto Contos de Lua no Chão que será uma montagem de contos do Mia Couto na rua e Luiz Fuganti será nosso orientador teórico. As aulas/conversas devem girar em torno de temáticas que envolvem o trabalho do grupo: a instituição, a lei, a marginalidade, as possibilidades de ruptura...
Este será o segundo encontro e nosso desejo é que sejam espaço de troca, fluxo e força para potência da vida, para quem se interessar por esses temas e quiser se aproximar do trabalho e das reflexões do grupo.
O encontro é aberto e gratuito!

Endereço: Casarão do Belvedere - Rua Pedroso, 267
(fica bem próximo a estação São Joaquim e a Brigadeiro Luis Antônio, mais ou menos na altura da 13 de maio - já na Bela Vista)

Mais informações sobre a Escola Nômade: http://escolanomade.org

Um comentário:

Anônimo disse...

Pessoal do Trecho, deixo aqui o registro de algo que surgiu do encontro entre o dentro e o fora, me acontecido quando acompanhei o trabalho de vocês no largo da Santa Cecília. Obrigado pela oportunidade de vivenciar encontros através do teatro, e principalmente através do desejo de se abrir para os problemas que nos cercam. Quem desejar, que fique à vontade para interagir com o texto, é só um pedaço de coisas que estão a germinar:

"eu quero tanto encontrar, mesmo que não seja belo. sem ter que pedir licença, sem ter que pedir perdão por essa merda toda. desautorizada, sem autoridade. sede apenas.

quando entro em pulsação, o espaço me cospe, fico a delirar como um balão. quem dera eu fosse o espaço e nada fosse meu.


o sol bate castigando o lombo, fazendo arruaça. o povo ali, pra quem passa. banca aberta, as calcinhas coloridas expostas ao olhar do possível comprador.
eu tenho sono, tenho sede. tenho minha pele pra quem chega. estou é no meio da rua me fodendo, tomando fumaça na cara.


e a praça aberta. o sol, e o sol. a Igreja se erguendo no meio, engolindo uns poucos. aos poucos. alguns dormem, recostados no banco de orar, acalentados pela escuridão.

...

e essa sede pode me matar.





"Traga-me um copo d'água, tenho sede
E essa sede pode me matar
Minha garganta pede um pouco d'água
E os meus olhos pedem teu olhar

A planta pede chuva quando quer brotar
O céu logo escurece quando vai chover
Meu coração só pede teu amor
Se não me deres, posso até morrer"
(Gil)



Largo da Santa Cecília, vivência do trabalho do grupo do trecho, fevereiro de 2009. de novo obrigada, trecho e largo.