terça-feira, 7 de julho de 2009

Lágrimas Mascaradas

Poema escrito por Bianca Villela, aluna da oficina, para sua cena a partir do conto "As Lágrimas de Diamantinha":





Existem lagrimas mascaradas
profundas em cada existência
escondidas por fajutos risos
ou por tristes bocas severas
esquecidas
em soberbas etiquetas
Flobela bem dizia

Calma... refreia essa corrida
cada existência transborda a seu modo,
com seu jugo, seu peso
Não pode ser uma guerra vã
essa coisa de viver

Correr é deixar transbordar
tudo calado
refluindo pra dentro, dolorido
e parar por muito tempo
É acostumar com o sutil afogamento
que parece não sufocar
enquanto reprime sorrateiro

Não chora mansinho assim
dentro d’alma
Não alivia, nem se faz entender

Expande livre esse liquido salgado
Expande como melhor lhe aprouver

Faz de conta que essa enxurrada
ta toda aqui
enfrascada
comprimi

Cada gota de cada jato
Cada letra de cada palavra
É uma forma de desafogar o ser.



Um comentário:

Cel Bentin disse...

curti o mote do texto. Podemos conversar mais sobre ele (gosto disso). Acabo de conhecer o Luciano, na fila do correio aqui do Poupatempo. Ele indicou o blog... Quero convidar aos que estiveram em Sampa em alguma terceira terça-feira do mês pra participarem do POLITEAMA SARAU DIVERSO, que acontece todo mês no bar FIDALGA 33 (Rua Fidalga [é sério.. rs], 34, Vila Madalena.
Muitos dos participántes do POLITEAMA se conheceram na comuna BAR DO ESCRITOR [famigerado orkut]. Visitem um ou outro e fiquem à vontade para aparecer ou se comunicar! rs Grande abraço, Cel Bentin