sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Sapato Sujo na Soleira da Porta em Blumenau

Inscrevemo-nos no Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau e passamos. Inscrevemo-nos da vontade de poder estar no trecho de fato, mala nas costas, propondo nossas rupturas em outras margens, dispersas. O que poderíamos imaginar acerca da repercussão de nosso trabalho em um festival universitário de teatro certamente nem passa perto da experiência vivida. Surpresa diante de uma intensidade arrebatadora. Surpresa diante de nosso deslocamento. O trecho, enfim, independe da viajem, a marginalidade, percebemos só nesse momento, faz parte de nossa espinha dorsal mais primeira. Há em nós o que nos faz estar fora, mais na estrada do que no prédio, e assim, há em nós o que causa desconfiança, receio, reprovação.
Tão surpreendente foi a experiência vivida, que necessitamos de um tempo até organizar um texto a respeito... passou-se quase um semestre inteiro do festival...
A verdade é que o que vivemos duas histórias paralelas nessa viajem, a nossa história junto ao AMBLU (Abrigo Municipal de Blumenau) e seus freqüentadores e funcionários – local onde aconteceu o espetáculo –; e a nossa história junto ao festival propriamente dito.
Tentamos escrever as duas histórias juntas, mas pareceu tão surreal e absurdo, que preferimos descrever as duas histórias separadamente... os dois relatos e impressões seguem nas postagens acima.

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