quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Luas no Chão de Campinas



Campinas é o primeiro deslocamento de Santa Cecília... morada de tantos tempos, impulso primeiro de nossa criação. Estranhamento estrangeiro, o espaço que não diz tanto, com a intimidade pulsante que Santa já dizia... teve que se deixar que as primeiras impressões transbordassem, impressões imediatas, somadas também a memória de anos antes, quando Campinas oferecia casa ao grupo. No público, estranhos e antigos olhares, dos tempos de faculdade, compunham uma teia de fios intensamente calorosos, e fios duros e desconfiados.



O Carmo expõe a vida noturna com os bares a a sexualidade jovem em paqueras que se esbanjam alcoólicas ao som das mais variadas músicas pop... A peça pois, se misturou ao descaso da cerveja e a intensidade vibrante e misteriosa da noite, aberta aos aconteceres que surpreendem, por desiluminados.



Encontro com pessoas que nos acolheram da forma mais doce e viva... agradecimento terno, certeiro, a quem tornou possível e doce o que foi vivido, a vida extrema em risco e poesia vivida pela uma hora do espetáculo.



Salve o primeiro trecho de saída. Desterritorialização do grupo e das luas. Viva.

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