sábado, 12 de dezembro de 2009

Luas no Chão de Tietê



Tietê, cidade pequena no meio do canavial... rural essencialmente. Antes de ir, nós todos na dúvida se o espetáculo teria algum sentido nesse lugar tão não Santa Cecília. Mais uma vez, o espetáculo se impõe diante da rotina maluca de nós todos em sobrevivência com a cidade, correndo em seus mundos para criar as luas numa terra tão nova.





Lá, seria a abertura do IV festival de teatro da cidade... Entretanto, nada na praça indicava qualquer festival... e em verdade, a sensação era de que nunca naquela cidade havia acontecido algo parecido. Sim, aquele lugar em nada dialogava com Santa Cecília.





Início da noite, a igreja com sua cruz de neon vermelho inicia sua missa e, muito mais cheia que a praça, a igreja abrigava o público orador... Decidimos começar a peça após a missa... E dessa vez, abordando as pessoas calma e intensamente... Começo duro. As pessoas pareciam se assustar e não querer alterar a própria rotina. As personagens mudam diante dessa gente. E, aos poucos, cativamos um grupo muito querido de público, todos muito diferentes entre eles... e todos atentos... e todos bastante sensíveis.




Ao final, diante dos olhos lacrimosos de uma platéia doce, vemos nascer uma nova peça, possível a interiores, que comunica a delicadeza daqueles que querem pensar a vida e transformar o cotidiano em fantástico e querer pensar mudança e não estagnar o que se vive em vício... Olhando para o mundo enquanto olha-se para si.



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