quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Luas no Chão de Ubatuba







A vida impele a cada um de nós seu ritmo insano frenético e desgovernado. Espetáculo montado, necessariamente todos imersos em diferentes corres da vida, aparece Ubatuba em meio a massaroca trabalhadora da urbe, nós todos correndo com as burocracias e os afazeres tantos, de repente, viajamos um tanto, pelas estradas tortuosas da serra do mar e nos deparamos com Ubatuba.



A cidade nada tem a ver com a cidade grande. Encontro de amabilidade tranquila nas pessoas, bem como também em alguns de indiferença... praia... praia... já estamos satisfeitos, será que é isso que alguns olhos nos dizem?



O padre abre a própria igreja para a descida do rapel... 20m de torre... ele permite, permite sem dificuldade... carinhoso e preocupado, abre-nos as portas. Entretanto não vai ver a peça.



Nós em meio a nova cidade, distantes do nosso ritmo compartilhado, nos confundimos com os afazeres e atrasamos tudo. A peça começa tarde... após a missa... e segue sem intensidades... porém com um público fiel e cativo, suave, aproveitando a brisa da noite em meio a nossas dolorosas fantasias. Nossas luas, despontando no mar, exibem-se diluidas, pouco sólidas. Nos vem a pergunta, será que esse trabalho e nós afinal, não criamos sentidos de fato contundentes diante da cidade grande que nos pariu?

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